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Árvore-Sangrenta ou Árvore-Curandeira

Árvore alta que cresce na Floresta das Grandes Árvores, em Haldom. Tem casca avermelhada com marcas parecidas com rachaduras, suas folhas são afiadas e verdíssimas, mas suas raízes são claras. O chá feito das suas raízes é utilizado diretamente nos ferimentos para conter o sangramento e a dor, acelerando o processo de cicatrização, enquanto o chá das folhas, para limpeza de feridas e calos.

As mulheres alvanes costumam beber uma mistura de folhas secas e pó de raízes de árvore-curandeira para diminuir o sangramento menstrual e as cólicas. A essa mistura dão o nome de mennol, palavra originada de mennaline, o nome da árvore-curandeira em alvador.

***

"— Precisamos de ervas — disse Docus aos outros. — Acho que dá para parar o sangramento.

— Não, não perca tempo com ervas — repreendeu Abidel. — Para salvá-la, o que precisamos mesmo é de raízes brancas. Ali! — apontou para uma grande árvore na beira do lago. Seu tronco avermelhado era rachado e as folhas afiadas e verdíssimas. — Cavem e achem a raiz. Cortem uma parte e aí tragam. É uma árvore-curandeira e sua raiz impede o sangramento. Vão! Não temos muito tempo.

Glaudir e Hargot correram para obedecer. Dispostos a ajudar, cavaram com as próprias mãos à procura da tal raiz branca.

— Docus, coloque água para ferver e faça mais faixas! Temos que sair daqui logo, se não os Servos das Sombras matarão dois coelhos com uma cajadada só.

[...]

Hargot trazia na mão uma raiz de cor alva e suja de terra para lavar na água do lago, enquanto Abidel lhes ensinava como preparar a cura:

— Deixem na água fervente até a casca sair. Feito isso, tirem a panela do fogo e permitam que a água esfrie. Logo depois, molhem as faixas com o líquido e coloquem-nas nos ferimentos mais graves.

— Pode deixar que faço sozinho — disse Hargot, derrubando de leve a espada e, em seguida, a raiz na panela.

Quando Hargot pôs as faixas molhadas e frias nos ferimentos, Húria deu gritos abafados de dor, tentando não chamar atenção, mas depois que as propriedades da raiz começaram a fazer efeito, ela se acalmou."

(Uso de mennaline em O Sangue da Deusa, As Artes do Mestre)

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Ankef, O Guardião das Janelas

Ankef na janela de Ederon Ankef, ou sino dos ventos, é um objeto sonoro que os alvanes penduram nas janelas e portas de suas casas para afastar as emanações maléficas da Noite e os espíritos maus. Consiste de sete tubos ocos de madeira unidos uns aos outros por um fio de prata. Cada um dos tubos possuem uma corrente em sua ponta. Dessa forma, quando o vento os toca, os ankefid assobiam, batem e tilintam baixinho. Segundo os alvanes, é esse som suave que mantém suas casas protegidas. Há uma versão mais rústica dos ankefid no Bosque de Seanuli . Foram pendurados nos galhos das macieiras e das glicínias. No lugar dos tubos de madeira, fios de prata e correntes, usou-se gravetos e teias de aranha. Esses ankefid não eram capazes de tilintar ou assobiar. Ainda assim, detinham poder protetivo. Glicínias, via Pixabay